Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: https://www.google.com

 

ANTÓN ARRUFAT

( Cuba )

 

Antón Arrufat Mrda, de origem catalã por parte de pai e libanesa por parte de mãe, fez os primeiros estudos em sua cidade natal, no Colégio de Dolores, da Companhia de Jesus . Aos onze anos mudou-se com os pais para Havana , onde continuou os estudos primários nos Escolapios. Concluiu o ensino médio no Instituto Havana, no Instituto Marianao e no Instituto El Vedado . Estudou Filologia na Universidade de Havana , graduando-se em 1979.

Sua mãe morreu quando Arrufat tinha 18 anos; três anos depois, seu pai morreu em um acidente ferroviário.

Arrufat diz que sua "vocação para a literatura começou a se manifestar muito cedo". "Desde criança, já em Santiago de Cuba, escrevia poemas e peças teatrais. Num caderno de classe escrevi um romance, que numa das múltiplas mudanças de minha família, se perdeu", lembra Arrufat. [ 1 ] Começou a publicar na revista Ciclón — dirigida por José Rodríguez Feo , o mesmo que foi co-diretor da Orígenes (revista) — e em 1962 apareceu seu primeiro livro com sua poesia ainda adolescente.

Em 1968, a polêmica desencadeada em torno de sua peça Los siete contra Tebas , com a qual ganhou o Prêmio José Antonio Ramos da União dos Escritores e Artistas (UNEAC), condenou-o a quatorze anos de silêncio em que o escritor não poderia postar. A obra estreou em Cuba em 2007 sob a direção de Alberto Sarraín .

Ele morou nos Estados Unidos após a morte de seu pai; visitou o Canadá e voltou após o triunfo de Fidel Castro . Ele viajou por toda a Europa e residiu em Londres e Paris .

Foi amigo e executor literário de Virgilio Piñera .

 

Poesia:  En claro, 1962; Repaso final, 1964; Escrito en las puertas, 1968; La huella en la arena, 1986; Lirios sobre un fondo de espadas, 1995; El viejo carpintero, 1999.

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

PROMETEO – Revista Latinoamericana de Poesía. No. 54-55.  Memória del IX Festival Internacional de Poesía de Medellin. 
Dirección: Fernando Rendón.  Medellín, Colombia: 1999. 
Ex. bibl. Antonio Miranda

 

       Shadow-line

En la cocina,
ante rojos azulejos
(azulejos mezcla de azul y distancia)
(rojo: sol que se pone)_
comidos, devastados
por la acción — temporal — de los cuchillos,
viene — ignoras como —.
Se detuvo tu mano sobre el rojo
(sol que se pone)
Quedo sola, anhelante de deseo,
manifiesto deseo de proseguir.
Ahí estaba, recién venida, sin estar,
carente de letras, falta de sonido,
Como efecto:
amargura en la boca.
Como palabra:
lejos, lejos.

Se tendió el espacio — ¿se abrió?
entre las losetas
— azul distancia —
y tu cuerpo parado, el espacio
sin peso, ni grosor, ni tiempo,
unido a la espera.
Lejos, lejos, dijo
la boca amarga.
Tu mano se tiende:
nada: ausencia: nadie: nadie:
despacio cortar la cebolla.

 

       Llega el momento

Nunca quisiste escuchar
el lenguaje de los pájaros.
Carecías de paciencia para oír.

Amabas la ciudad,
sus prisas, talvez su canto.

Sin embargo has envejecido
y los pájaros continúan
hablando de ti.
La ciudad se ha vuelto muda.

Recuéstate suavemente,
suavemente,
y ponte al fin a escuchar.

 

       Canción

No palpo mis heridas
ni el dolor reverencio.
Donde hubo saña,
donde hubo rabia,
algo crece sereno:?
mi carne en la piedra,
mi nombre en el agua,
mi tiempo en la yerba.

Entonces lentamente,
Muy lentamente,
El ardor toma mis huesos,
Mar adentro
El cielo y el viento
Dispersan mi cuerpo en fragmentos.

Mi alma retorna
A través de la fuente y
Estoy aquí una vez más
Parado en la iglesia
Abrazando los pilares.

Hasta que te vuelva a encontrar, madre,
Estaré dando tumbos.



Realidad de la página

En una hora, en un minuto, en un segundo
— ¿realmente, con precisión, en cuanto?—,
pongo las piedras, construyo un estanque,
fluye hasta llenarlo el agua,
hago nadar peces, crecer el musgo,
verdinegro lo vuelvo,
lo hago oler —sin tiempo— a podredumbre,
inmovilizo las aguas,
reflejo una estrella,
Noto la ausencia de los árboles,
trazo un espacio en esta línea,
planto luego un sauce y un ciprés
—recuerdo de dos palabras
que en prisión eligió Juan Clemente Zenea—.
Con sus ramas crecidas rozo el agua.
Inmune al viento atroz del tiempo,
me siento en el borde del estanque,
Despacio va apareciendo el cisne.

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA


       Shadow-line

Na cozinha,
ante rubros azulejos
(azulejos mescla de azul e distância)
(rubro: sol que se põe)_
comidos, devastados
pela ação — temporal — das facas,
vem — ignoras como —.
Se deteve tua mão sobre o rubro
(sol que se põe)
Fico só, anseio de desejo,
manifesto desejo de prosseguir.
Ali estava, recém chegada, sem estar,
carente de letras, falta de som,
Como efeito:
amargura na boca.
Como palavra:
longe, longe.

Expandiu-se o espaço — abriu-se?
entre os azulejos
— azul distância —
e teu corpo parado, o espaço
sem peso, nem espessura, nem tempo,
unido à espera.
Longe, longe, disse
a boca amarga.
Tua mão se estende:
nada: ausência: ninguém: ninguém:
devagar cortar a cebola.

 

       Chega o momento

Nunca quiseste escutar
a linguagem dos pássaros.
Carecias de paciência para ouvir.

Amavas a cidade,
sua pressa, talvez seu canto.

No entanto envelheceste
e os pássaros continuam
falando de ti.
A cidade ficou muda.

Recosta suavemente,
suavemente,
e ponha-se afinal a escutar.

 

      Canción

Não toco minhas feridas
nem a dor eu reverencio.
Onde havia fúria,
onde huvia raiva,
algo cresce sereno:?
minha carne na piedra,
meu nome na água,
mi tempo na erva.

Então lentamente,
Muito lentamente,
O ardor toma meus ossos,
Mar adentro
O céu e o vento
Dispersam meu corpo em fragmentos.

Minha alma retorna
Pela fonte e
Estou aqui uma vez mais
Parado na igreja
Abraçando os pilares.

Até que tu voltes a encontrar, mãe,
Estarei aos tombos.



       Realidade da página

Numa hora, em um minuto, em um segundo
— realmente, com precisão, em quanto?—,
ponho as pedras, construo um tanque,
flui até enchê-lo de água,
faço nadar peixes, crescer o musgo,
torná-lo verde-negro,
faço-o cheirar—em tempo— a podridão,
imobilizo as águas,
refletindo uma estrela,
Percebo a ausência de árvores,
traço um espaço nesta linha,
planto logo um creme, um cipreste
—recordo duas palavras
que na prisão elegeu Juan Clemente Zenea—.
Com seus ramos crescidos roço a água.
Imune ao vento atroz do tempo,
me sento na beira do tanque,
Devagar vai surgindo o cisne.

 

*

VEJA e LEIA outros poetas de CUBA em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/cuba/cuba.html

 

Página publicada em janeiro de 2023.


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar